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quinta-feira, 7 de abril de 2011

ATAQUE EM ESCOLA NO RIO DE JANEIRO

'Ele atirava nas meninas para matar', diz aluno que sobreviveu a ataque

Segundo estudante de 13 anos, tiros nos meninos eram 'só para machucar'.
Menino contou que chegou a conversar com o atirador durante o massacre.


Mateus Moraes, de 13 anos, contou que conversou com o atirador (Foto: Fabrício Costa/G1)Mateus Moraes, de 13 anos, contou que conversou
com o atirador (Foto: Fabrício Costa/G1)
O estudante Mateus Moraes, de 13 anos, contou que as meninas eram o alvo do atirador o ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. "Ele matava as meninas com tiros na cabeça. Nas meninas, ele atirava para matar. Nos meninos, os tiros eram só para machucar, nos braços ou nas pernas", disse o aluno, acrescentando que o atirador saiu da sala cinco vezes para recarregar as arma, e a ação durou cerca de cinco minutos.

O menino disse ainda que chegou a conversar com o atirador durante o ataque. "Estava no meio da aula de português quando ele apareceu. Só pedi a Deus para ele não me matar. E ele falou para eu ficar tranquilo que eu não ia morrer. Fiquei orando e pedindo a Deus para me guardar", disse o aluno do 7º ano.
Mateus não sabe se conseguirá voltar à escola depois de sobreviver ao ataque. "Não sei se vou voltar aqui por causa das lembranças", disse o aluno, desolado. 


Menino Gustavfo que ficou ferido no ataque à escola no Rio (Foto: Carolina Lauriano/G1)Gustavo,de 6 anos, ficou ferido no ataque à escola
(Foto: Carolina Lauriano/G1)
 
Vítima da tragédia na escola em Realengo, Gustavo Pires Damaceno, de 6 anos, deixou o Hospital Albert Schweitzer por volta das 16h30 desta quinta-feira (30), com curativos nas duas mãos. O pai, o sargento do Corpo de Bombeiros Adriano Silva Damaceno, disse que o filho machucou o tendão na correria durante o tiroteio na escola.
Atirador não tinha antecedentes criminais
Segundo autoridades, o nome do atirador é Wellington Menezes de Oliveira e ele é ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais
A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas . Segundo testemunhas, Wellington baleou duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele falou com uma professora e seguiu para uma sala de aula. O barulho dos tiros atraiu muitas pessoas para perto da escola.

O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz foi chamado por um aluno baleado. "Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida, cometeu suicídio", disse o policial.

A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.


Informativo UHBBC - Acontece no Mundo

Em Destaque: " Só pedi a Deus para ele não me matar. E ele falou para eu ficar tranquilo que eu não ia morrer. Fiquei orando e pedindo a Deus para me guardar", disse o aluno do 7º ano."

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